quinta-feira, 7 de outubro de 2021

1983 a 1999 - Oficina de Gravura do Sesc Tijuca - Heloisa Pires Ferreira Assessora a equipe de arquitetos e engenheiro no planejamento e montagem e é contratada pelo Sesc para Coordenar os trabalhos de Arte da Oficina de Gravura, em 1984 até 1999. Participa em 1999, no Museu Nacional de Belas Artes da Mostra Rio de Gravura, com o Sol Bistre, no catálogo do Museu,. Apresentação de Mirian de Carvalho. Participa de coletivas no Sesc Tijuca, no CREA- RJ - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronômia com Baralho Esotérico: Arcanos na Gravura com a apresentação de Ruy Sapaio.. Participa da Jornada de Cultura Local em Itaboraí. Antonio Carlos Rocha publica no jornal "Nas Bancas" sobre essa jornada que destaca fôsseis de 70 milhões de anos encontrados na cidade de Itaboraí... Mario Barata apresenta a exposição "A Cidade e o Banquete"; pinturas e desenhos do grupo de alunos de Vera Roitma da Oficina de Gravura Sesc Tijuca, em 1985, na exposição do Arquivo da Cidade.. Heloisa viaja a Venezuela: I Encontro Nacional de Animadores Culturales - Partipa de consórcios de arte no RJ, com Rogério Luz, Vera Roitman, Maria Lucia Luz e Osmar Fonseca. Coordena Feiras de Arte nos jardins do Sesc Tiuca - um deles com a participação do Grupo de Dança Antiga da Pro-Arte - organizado por Mario Assef. " Gravura do Inicio o fim", em 84 dentro da Oficina de Gravura. Participa da Intervenção Direta - Comite Pro Diretas . Divulgação de cursos na Oficina de Gravura Sesc Tijuca e Coleticas da Oficina de Gravura em 1986, 1988. Exposição em Tiradentes no Solar dos Ramalhos.. Recomendações de Livio Abramo, Fayga Ostrower, Geraldo Edson de Andrade e Alcidio Mafra de Souza, à direção do Sesc em 1987..

 
A Oficina de Gravura Sesc Tijuca em 1983 é projetada pelos  Arquitetos Sérgio Jamel e Marco Antonio Coelho.   Execução do engenheiro Julio Niskier  e assessoria de Heloisa Pires Ferreira na unidade Sesc Tijuca à Rua Barão de Mesquita 539.

 
"Projeto do Atelier para Gravura em Metal " - 10/05/1983             
 
 *Frederico Morais 
 "Iniciativa do Diretor Regional do Serviço Social do Comércio **, o Sesc Tijuca está entregando a cidade o Pavilhão de Artes, na qual funcionará em tempo integral oficinas de criação em gravura e cerâmica.A oficina de gravura ocupa uma área de 250 metros quadrados  (Rua Barão de Mesquita, 539) e foram projetadas pelos arquitetos Sérgio Jamel e Marco Antonio Coelho e pelo engenheiro Júlio Niskier, com a assessoria de Heloisa Pires Ferreira. "[...] *Frederico de Morais, crítico de arte. O Globo, 2/5/1984

 ** Ubiratam Correia  Diretor Regional do Sesc Tijuca na época






 

 

 

O Globo - quarta-feira - 21/05/1984 - Frederico Morais






A Oficina de Gravura em Metal Sesc Tijuca começa a funcionar em março de 1984.













Heloisa é contratada em 19.03.1984 como Orientador artístico e além das funções previstas, coordenará os trabalhos das Oficinas, como Pavilhão de Artes, inclusive de Cerâmica no início.




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Divulgação  no Jornal do Sesc e Revista de Arquitetura Modulo

Heloisa permanece por 15 anos orientando os trabalhos  de arte, das oficinas de Xilogravura e Gravura em Metal até 07 de Julho de 1999.

Rene Valeriano professor de Monotipia na Oficina de Gravura Sesc Tijuca com Heloisa Pires Ferreira em 1984

 

René Valeriano participou ativamente desde o iníocio da implantação da Oficina de Gravura Sesc Tijuca e esteve presentes em quase todasem todas as entrevistas dos 24 gravadores que formaram gerações de gravuras no Brasil e marcaram com seu fazer artístico, questionando, perguntando, completando o material que Adamastor Camará coletava.



Divulgação no Jornal do Sesc-Rio de  junho/84. Com o objetivo de abrir um espaço de cultura voltado para o desenvolvimento de uma linguagem onde as pessoas possam se encontrar e refletir sobre o processo de criação, facilitando a movimentação do conjunto da comunidade, o Pavilhão de Artes do Sesc Tijuca estará abrindo as inscrições para as oficinas de Gravura em Metal, Xilogravura e Cerâmica. 

Podem participar comerciário (ou não) e seus dependentes, empregados ou desempregados e estudantes. Haverá turmas de iniciantes com o propósito de desenvolver a capacidade criativa que todos possuem, além de turmas de crianças a partir de 7 anos, visando a sua formação cultural.

 

 

 

 

 

 

Em  1999 aos 15 Anos de Gravura - exposição: Baralho  Esotérico "Arcanos  na Gravura " - xilogravura de Heloisa Pires Ferreira.

 O Jornal Sesc-Rio divulga a abertura das Oficinas no Sesc Tijuca em1984


 

 

 

 

 

 

Em 1999, com a exposição de XXII cartas / 22 gravadores: Baralho Esotérico: Arcanos na Gravura", Heloisa se desliga da coordenação  e da Oficina de Gravura do Sesc Tijuca, após 15 anos.

 
       apresentação de Ruy Sampaio* 
"Precisamos usar de toda arte altiva, flutuante, pueril e bem aventurada para não perder aquela liberdade sobre as coisas que o nosso ideal exige de nós." Nietzsch, em a Gala  Ciência
   
 A proposta não foi representar os arcanos,  reproduzindo suas características mais frequentes nos diversos baralhos do Tarô. O que se pretendeu foi  que, a partir destas, cada gravador desse asas à sua fantasia, exercesse seu domínio da técnica,  empenhasse  sua criatividade numa abordagem sensível do tema.
    Nesse conjunto de trabalhos importa bem menos uma abordagem sisuda ao baralho esotérico que uma apropriação prazerosa, talvez mesmo uma transgressão onde o timbre de cada artista se faça sentir do modo mais pessoal.  O Tarô aqui é um eixo - ou até,  em torno do qual gravitam essas tantas dicções que vão do despojado ao precioso. 
    Num primeiro momento o olhar é surpreendido pelo fato de que,  elas possam conviver desse modo harmonioso e interagente. Num desdobramento desse  instante inicial, nossa percepção capta algo que está mais próximo do cerne, da razão mesma de ser desse conjunto: é que aqui, nessa multiplicidade de estilos onde se contrapõem alguns amadurecidos e outros que promissoramente despontam, ligados apenas pelo denominador comum de uma instigante ludicidade, metaforiza-se o próprio Tarô, também ele  uno em seu fragmentário.
    Fragmentário na diversidade dos baralhos, cada um deles guardando as marcas da vertente esotérica de que se originou, ou aquelas outras do mundo esotérico dos desenhistas, pintores e gravadores de cada uma das sociedades em que floresceu.
    Ou ainda na diversidade das atribuições simbólicas que , desta para aquela escola ou de uma para outras latitudes culturais, sua história registra. Como também na mimese por que se veio reinventando face cada cultura em que sua prática se desenvolve, visando contornar intolerâncias ou sincronizar mitologias aí vigentes.
    Multivoco também na atenuação ou na enfatização da carga significativa de cada carta em relação de suas vizinhanças, proximidades ou precedências em cada abertura.  Como ainda multivoco nas respostas que a mesma carta poderá oferecer, segundo as nuances da indagação pragmática ou aprofundamento
iniciático do consulente.
    Tudo o que um observador mais superficial poderá ver nele como ambiguidade ou incoerência e que , para as mentes libertas de ideias feitas, o tornarão fascinante em sua maleabilidade de jogo.
    Tudo isso aqui, encontra a sua metonímia no saudável desencontro formal dessa linguagens artísticas, seja em seus diferentes graus de domínios dos códigos da gravura, seja nas diferentes direções para que essas insipiências, ou maestrias se voltam enquanto escolhas estéticas.
    Paralelo a todos aqueles climas por que o Tarô se veio mimetizando em metamorfoses ou multipartindo em sucessivas reinpretações, corre um poderoso rio subterrâneo: o de sua permanência.
    Também aqui,  na ludicidade desses intérpretes, que o  abordam em descompromissada licença poética, a Arte como o Tarô, reencena o delicado mistério de sua permanência, também ela um rio subterrâneo correndo desde sempre sob as indagações dos homens, na irredutível polifonia de suas atormentadas vozes.

    Ruy Sampaio* membro da Associação Brasileira e Críticos de Arte.

15 de setembro de 1999 - Oficina de Gravura Sesc Tijuca

Debate:  Depoimentos Sobre os Caminhos de um Artista":

Anna Letycia gravadora, comentando sobre o "Ensino da Gravura ".

Geraldo Edson de Andrade, crítico de Arte, falando sobre "A presença da mulher na  gravura  do Brasil"

Maria Luisa Luz Távora, historiadora de arte, com o enfoque: "Gravura nos Anos 60" 

22 participantes com as 22 respectivas cartas do Baralho  Esotérico: "Arcanos na Gravura", mais a capa do baralho com a xilogravura de Heloisa Pires Ferreira

Abertura: 15 de novembro de 1999 - 19h.



Local: Oficina de Gravura Sesc Tijuca

 



 
 
 
 
 
 
 

 
1987 -Coletiva da Oficina de Gravura Sesc Tijuca na Galeria de Arte Sesc Tijuca 

                            * Mario Barata
Os anos de atividade da Oficina de Gravura do Sesc parece ser um tempo maior, tal a pluralidade intensa de suas realizações e o acerto de sua programação.  Em 1983, a gravadora Heloisa Pires Ferreira assessorou os arquitetos que planejaram a construção do setor de artes plásticas no belo conjunto da Rua Barão de Mesquita. No ano seguinte começou a funcionar a Oficina de Gravura, que  abrange também o desenho, a monotipia e outras criações sobre papel, além de técnicas de produção manual do próprio papel.
    A riqueza do projeto seguiu-se a múltipla criatividade sensível do fazer, trabalhou-se bastante, em campos variados, inclusive exposições gerais e as séries de obras do m~es e domingos de arte.  A idéia dos últimos foi de René Valeriano, que ali dava aulas de monotipia.
    A Oficina não é um curso burocrático destinado a fornecer secamente um diploma. É um conjunto profundo e fervilhante de atividades quase paralelas, todas se entrecruzando ou convergindo para o apuro e a valorização de sensibilidade humana implicadas na oficina. Com a coordenadora e professora principal, cooperam muito Anna Carolina, no ensino da xilogravura e Mario Orlando, no do metal (ou calcografia).  Tá trabalharam ali Tay Bunheirão e em cursos temporários Vera Roitman, Maria Luici Luz, Rubens Grilo, Marilia Rodrigues, Teresa Miranda, Orlando Dasilva,e ntre outros.  Alunos foram premiados, por exemplo, nos bons salões de Curitiba e no Museu de Resende.
    Na mostra citaremos a presença dos que já participaram de salões em geral ou de gravura, através de trabalhos de Liége Nacimento (a cor baixa geometrizada, conjugada ao papel "manual", Inês Cavalvanti (em suas variações da cor na xilo), Mario Orlando (na tradição erudita e profunda da gravura em metal), Abrão Debrito (mantendo a tradição humana da xilo, às vezes em composição superpostas), Rose Orsi (no ângulo natureza corpo, em ritmos ornamentais), Luis Cailaud (em xilos a largos cortes brancos, com figuração onírica de origem popular).  Na mostra ainda estão a sensibiliade da produção em metal de Heloisa Pires Ferreira e o do mundo exterior criado nas xilos de Anna Carolina.  
                                                                                                                            Mario Barata

  Heloisa Pires Ferreira participa da Mostra Rio de Gravura, em 1999 no Museu Nacional de Belas Artes e no catálogo Acervo do Museu Nacional de Belas Artes - Gravura Moderna Brasileira B                                                   

Apresentação de Mirian de Carvalho

        Gravura Moderna Brasileira no MNBA*

         Heloisa Pires Ferreira, 1943.  Nasceu em Teresópolis, Rio de Janeiro.  Estudou desenho com Maria Lucia Luz, Abelardo Zaluar e Osmar Fonseca: xilogravura com José Altino e gravura em metal com Marília Rodrigues, Edith Behing e Anna Letycia.  Em 1977, fez sua primeira individual no Palácio Farroupilha em Porto Alegre. Em i977 e 1982, recebeu prêmio de “Aquisição”, no Salão Carioca de Artes.  No ano seguinte, passou mais de um ano em Portugal, trabalhando na Casa de Gravura em Lisboa. Participou de várias coletivas no Brasil e no exterior tais como: Bienal de San Juan del Grabado-Porto Rico, em 1979 e 1981 e Trienal del Grabado da Argentina, em 1979, entre outras.  Fundou em 1983, a Oficina de Gravura do Sesc Tijuca, sendo também sua coordenadora e orientadora.  Fez capas de livros, revistas e jornais; participou da organização do livro “Gravura Brasileira Hoje Depoimentos”, Sesc em 1955.  Neste mesmo ano participou da Exposição “Quatro Gravadores”, no Centro Cultural Cândido Mendes, Ipanema, Rio.

“Na mais alquímica das artes – a mão trabalha um sonho e em vigília. A imagem na gravura é a fusão do sonho e da vigília a ultrapassar, poeticamente, os motivos “abstratos” e “figurativos” do cotidiano e da natureza.(...) Em tal ultrapassagem nada é abstrato porque a matéria adquire vida sensível.  Nada é cópia porque a arte instaura uma nova realidade, um novo ser. Toda ave, toda imagem foi e é uma curva, um sol – que é e foi um olho, uma folha, uma lua, uma nova imagem. Cada uma destas imagens é o seu conjunto: desenho, gravação, espelho. Sonho de imagem, vigília de imagem, elas fogem de dentro de seu próprio centro.  Surge do primeiro traço na matéria de onde jorram centrífugas, de onde se lançam a outra margem que as complementam no rastro das aves e dos astros.”

*Mirian de Carvalho, Associação Internacional de Críticos de Arte. Catálogo da Exposição: “Os Treze Sóis Complementares”, na Galeria de Arte do Sesc Tijuca em novembro de 1995.

                                                * Mostra Rio de Gravura, Catálogo Geral, página                                                     96, Sol Bistre, 1988. Gravura em metal: buril;  

 

 Acervo do Museu Nacional de Belas Artes, 1999. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sol Bistre - 1988 - Gravura em metal: buril - 0,13 x 0,20 cm  Foto Henri Stahl


 Exposição de 22 cartas + a capa do baralho do Baralho Esotérico "Arcanos na Gravura" da Oficina de Gravura Sesc Tijuca aconteceu no Salão Verde do Espaço Cultural Crea-RJ aconteceu em novembro de 2000, com a apresentação do crítico de arte Ruy Sampaio.

Salão Verde do Espaço Cultural CREA-RJ

CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Xilogravura de Heloisa Pires Ferreira - 1999.

Convite para a exposição na Galeria de Arte ~Salão Verde do CREA em 2000
Relação dos participantes
Convite da inauguração e período de exposição em 2000

 

 

 

 

 

 

Heloisa participa da Primeira Jornada de Cultura Local  em 1984 - Itaboray - coordenação de Adamastor Camará - "A Questão da Cultura na Escola e na Comunidade"... 

Nesse ocasião inicia a organização da criação de uma Oficina da Palavra, orientada por Adamastor Camará, na Oficina de Gravura do Sesc Tijuca, que estava sendo montada pelos arquitetos e engenheiros.

Continua o sonho de se historiar a gravura no Brasil e Adamastor como historiador ajuda a elaborar a organização do projeto e em 1984 começamos a colher as entrevistas dos gravadores antigos na profissão, que tinham marcado publicamente com o seu fazer criador de gravador e  criado gerações de gravadores.  
 
"Itaboraí: 70 milhoes de anos" 
Antonio Carlos Rocha escreve no jornal "Nas Bancas" em 1984, página 1 dias 12 a 18 de setembro.

Distando cerca de uma hora do centro do Rio, Itaboraí é uma pequena cidade do interior fluminense que vem despertando o interesse de paleontólogos de todo o mundo. Seus problemas não diferem das demais cidades dormitório nos arrebaldes de uma metrópole, mas o que chama a atenção é saber que,  nesta localidade, foram encontrados fôsseis com 70 milhões de anos.  
Isso mesmo. Não se trata de equívoco nem erro de revisão.  Há algum tempo a comunidade científica vem tomando conhecimento da bacia calcária descoberta no vizinho município.  Trata-se  de uma pequena faixa de terra, quase um quilômetro quadrado, mas que possui riquezas surpreendentes do ponto de vista da arqueologia.  
O professor Fausto Luz de Souza Cunha, do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional, que há anos vem estudando a região, afirma que a "Bacia São José de Itaboraí é um patrimônio mundial", e esclarece:   
__Nós precisamos protegê-la no futuro, através de tombamento, transformá-la num autentico museu para atendimento a todos os cientistas interessados, tanto do Brasil como de qualquer outro país do mundo.  
Declarações como estas são encontradas no importante tablóide Jornada de Cultura Local, uma publicação do Centro de Estudos de Cultura Local de Itaboraí (Caixa Postal 20 - Itaboraí - Cep: 24.800).  
Sob o lema "conhecer e mudar", um grupo de pessoas, coordenadas pelo historiador Adamastor Camará Ribeiro, promoveu a primeira  Jornada, e o resultado é esse tabloide com 20 páginas.  O evento reuniu especialistas de diversos setores ligados à cultura. Os debates tinham como enfoque "uma proposta de conhecimento da realidade".  Além dos já citados se fizeram presente: Ivo Barbieri, vice reitor da UERJ; Mirtes Wenzel, Ex-secretária de Educação e Cultura; a gravadora Heloisa Pires Ferreira, coordenadora da Oficina de Gravura do Sesc-Tijuca; Paulo Toledo, Secretário de Planejamento de Itaboraí; o arquiteto Alexandre Carlos Albuquerque Santos, Alfredo Mendonça de Souza, professor de arqueologia e diretor do Inelivro; Dina Lemer, diretora do Inepac;  Eliana Cantarino O'Dweyer, professora de antropologia da UFF, Raimundo Leoni, presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Itaboraí e presidente da Câmara Municipal; Alciney Rodrigues, representante do Sindicato (Patronal) Rural de Itaboraí; Itamar dos Santos e Jisele Andrade, jornalista. 
Sem dúvida, o que despertou a  curiosidade é saber que em Itaboraí há registros fósseis com 70 milhões de anos,  fato único no planeta! E o pior é que a área está ameaçada tanto pela especulação imobiliária quanto pelo desconhecimento ou descaso.  O CECI está em campanha para o tombamento do local.  Os interessados escrevam para o endereço acima e manifestam seu apoio.  
E, como não poderia deixar de ser, o SERJ está em contato com o referido centro de estudos verificando, as duas entidades, a possibilidade de  realizar um concurso de contos de poesias de Itaboraí. Diga-se de passagem que, em 1873, Joaquim Manuel de Macedo, autor conhecido romance A Moreninha, fundou a Biblioteca Popular e por essa época também havia o Teatro João Caetano.  Com o tempo, infelizmente essas duas coisas acabaram, mas os moradores e amigos de Itaboraí sabem que há muito o que fazer.  Apesar de todas as dificuldades, eles continuam trabalhando e a tarefa agora é salvar o sítio arqueológico.  Aguardem, vem aí uma segunda Jornada; notificaremos.



 

 

 

 

Heloisa viaja para  Venezuela para participar do I Encontro Nacional de Animadores Culturales, Maturin, Monagas entre 16 e 23 outubro de 1983.


 

 

 

 

 

 

 

 

Em 1983 Heloisa Pires Ferreira se prepara para coordenar por 15 anos a Oficina de Gravura do Sesc Tijuca.

Cria-se o alicerce para uma futura Oficina, reflexão sobre arte num local aonde pessoas de  diferentes classes sociais puderam frequentar e usufruir o espaço de mais 250 metros nos belos jardins do Sesc Tijuca.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Heloisa Pires Ferreira organiza com Vera Roitman, Osmar Fonseca, Rogerio Luz e Maria Lucia Luz uma série de consórcios de arte, ora na casa na casa de Vera Roitman e ora na casa de Osmar Fonseca, na Rua Marques de Abrantes por todo o ano de 1983 e 1984.

O acontecimento vira matéria no Jornal do Brasil. 

 Nesses encontros mensais, dão continuidade a elaboração  do projeto Gravura Brasileira Hoje:depoimentos.  Selecionam os entrevistados e Vera Roitman esboça a capa da série de três volumes.  E o sonho vira realidade.

 

 

 

 

 

 

 

Doa em 1983, gravura em metal  de 1974 e participa da XXIII Feira da Providência

 

 

 

 

 

 

 

 

 Buscando sol - 1974 - 0,29 x 0,38

águas tinta e forte

 

 

 

 

 

 

"O Globo" - Segundo Caderno 4/8/84 - pág 3

"Gravura do Inicio ao Fim", uma imagem do momento da criação

A mostra "Gravura do Inicio ao Fim!, que será inaugurada hoje , às 13h, no Sesc Tijuca, é exatamente isso: uma exposição de trabalhos de gravuras em metal e xilogravura (gravura em madeira), que não se imitará a expor o produto final, mas será oferecer ao público leigo a rara oportunidade de ver, em pleno trabalho, alguns dos melhores gravadores atualmente em ação no Rio de Janeiro..

As organizadoras da mostra são as professoras - e artistas -  das oficinas livres de Xilogravura e Gravura em Metal do Sesc-Tijuca, Anna Carolina e Heloisa Pires Ferreira.  Elas  esclarecem que é objetivo divulgar a gravura, principalmente na Zona Norte, "onde não há galerias u oficinas de arte", Anna Carolina conta que recebeu obras de mais de 60 artistas, algumas das quais serão expostas na área externa à oficina, uma boa forma de chamar a atenção para a mostra, que também porá à venda alguns desses trabalhos.

    __Quem não sabe fazer gravura não vai aprender na exposição - adverte Anna Carolina, que acena,  porém, com um bom motivo para visitar a mostra: possibilidade de conhecer os processos pelos quais Oswald Goeld, Anna Letycia, entre outros, realizaram os trabalhos que estão expostos na oficina do Sesc.

Da gravura em metal, serão vistos a placa onde se gravam as matrizes dos quadros, os instrumentos como o buril e a ponta seca, o processo de envernizamento e de desenho sobre o verniz, o banho de ácido e a prensagem da chapa com que se fazem as cópias dos trabalhos. Os gravadores em madeira serão vistos talhando com goívas, formões ou buris os desenhos impressos no papel com o auxilio de um rolo de borracha.

O local favorece: como explicam Anna Carolina e Heloisa Pires Ferreira, as oficinas de xilogravura e de gravura em metal onde estão expostas as obras são as melhores do Rio. A variedade de instrumentos de trabalho, que inclui até as duas prensas, para gravura em metal, uma delas elétrica - e o conforto da oficina, torneiras de água quente, spots de luz por todas as áreas de trabalho e bancadas destinadas às necessidades dos gravadores, justificam o entusiasmo das professoras.

Anna, como os gravadores em geral, quer abrir as outras almas: as do público.  Ela se queixa de que há um certo preconceito contra o papel, onde são impressos os trabalhos de gravura, constatando que    geralmente, " se prefere uma pintura ruim a uma boa gravura, só porque a primeira é feita de tela". O fato das gravuras terem diversas cópias também as afasta daqueles que se acostumaram a ter obras únicas em suas casas.

A tiragem limitada das gravuras as diferencia, porem, dos posters industriais. A mais barata à venda na exposição está custando Cr$50 mil, preço pequeno para uma obra de arte. E, para os que não se contentam em apreciar essas raras obras de talento, resta o desafio de tentar fazê-las: mesmo após a exposição, semanalmente, das 13 às 20h, continuarão funcionando as oficinas do Sesc, com os cursos abertos ao público e mensalidade de Cr$18 mil. O Sesc fica na Rua Barão de Mesquita, 539.



 

 

 

 

 

 

 

 

 

SESC-RIO publicou em agosto/84     "Gravura do Principio ao Fim".

O Pavilhão de Artes do Sesc Tijuca apresenta de 4 a 12 de agosto "A Gravura do princípio ao Fim" __ uma exposição coletiva de gravura que poderá ser visitada de segunda a sexta-feira de 14 às 20 horas e aos sábado e domingos , de 13 às 17h. A Coordenadora  da exposição Heloisa Pires Ferreira, afirma que a idéia do trabalho é apresentar ao grande público, a possibilidade de conhecer a técnica da gravura: não só a gravura em metal, mas a xilogravura, a litogravura  e  serigrafia, como expressão da filatelia. Os visitantes poderão assistir ao filme sobre a obra de Anna Letycia"Noturno de Goeld", ver uma oficina de gravura em funcionamento e trabalhos de Carlos Oswald, introdutor de gravura no Brasil (já falecido). Participarão da exposição os segintes gravadores: Edith Berhing, Anna Letycia, Marilia Rodrigues, Isabel Oswald Monteiro, , Anna Carolina, Tay Bunheirão, , Heloisa Pires Ferreira, Ana Miguel, José Higino, Marília Novo, Osmar Fonseca, Ruth Gusmão, Arydio Xavier da Cunha,  Helena Ferraz, Airton Igreja, Jorge Cerqueira  Vera Roitman, Fayga Ostrower, Oswald Goeld,  Paulo Campino, Marcos André,  José Lima, Alex Gama, Edgar Cognat e muitos outros.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Associação Brasileira de Artistas Plásticos Profissionais ABAPP/RJ / Parque Laje

Número 7 ano II - Divulga a Oficina de Gravura Sesc Tijuca.

 

"A Cidade e o Banquete pinturas de Grupo"

Mario Barata comenta sobre o trabalho de pintura: O Banquete,  e outros trabalhos de  2 metros x 4 metros
-1985 - com a base de papel pardo doado pela fábrica de papel Clabim e executados por alunos de desenho/ pintura e que foram expostos no Arquivo  Geral do Rio e Janeiro. Eram alunos de Vera Roitman, que deu aulas na Oficina de Gravura Sesc Tijuca de 1984 à 1989.
 

"Foi nas alamedas e jardins do Sesc-Tijuca (antiga casa do séc.XIX, que depois de ser parentes do Bom Retiro e dos Motta Maia foi, já na república, dos Dodd-Ferrez-Barral  - e  hoje é  de todos nós, com acréscimo de pavilhões e arquiteturas " à suíça") evidente espaço democrático, que tomei contacto  em um último domingo de mês (... e fazia sol, havia verdes) com o trabalho coletivo de jovens artistas, que algo devem a Vera Roitman e a Heloisa Pires Ferreira e muito à sua própria juventude criadora, no grupo de cores vivas e traços fervilhantes, que escreve o painel VIDA JÁ (...na época das Diretas-Já) e fez o melhor banquete já pintado por brasileiros, já que Arpad e Maria Helena são queridos e nos ajudam muitos , mas como europeus.

Expunha, o grupo, painéis gigantes, obra coletiva.  Não utilizavam o processo  surrealista do "cadavres-exquis", em que cada artista ao trabalhar na tela, não vê o que o outro já havia nela colocado, permitindo um outro tipo de surpresa, automática, no trabalho terminado.  Aqui no Sesc, este grupo que vai expor desenhos no simpático Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, colocava o suporte sobre a grande mesa e nele simultaneamente todos se punham a compor o seu pedaço, sem mistério.  As fotos revelam que, finalmente, se concentravam em seus próprios limites, sem a curiosidade de olhar, ao menos demais, o territórios dos colegas. Trata-se no fundo de um outro método, para o qual se podia criar uma inovação linguística, batizando-o de "vif-exquis", o coletivo feito ao vivo, com resultado, se não esquisito, ao menos saboroso.

Rubem, em texto para o A.G.C.R.J., recompôs o modo como foi feito À Cidade.  Ele não nos fala de Banquete. Não se trata do banquete de Porta  Estandarte de Rilke, que Cecília traduziu e Aspad não só ilustrou, mas transformou em tema de vários quadros e deu seu livro Le Banquet, (edições Difference, Paris,, 1981), comentado por Guy Weelen.  Nem se trata de  Banquete de Platão, que Maria Helena Vieira da Silva ilustrou com 39 desenhos, na tradução de P. Boutang (hermann, Paris, 1972).  O grupo do Sesc apresentou somente a mesa, com vitualhas opíparas, o todo unificado surpreendente ela cor, pelo tema e pelo estado de espírito.  Não há gente, não há orgia, nem música. Só  a comida e seus apetrechos indicam a solução alcançada em país onde a forma e a miséria tão visíveis e a comida uma miragem, os frangos e os peixes um sonho ou uma ilusão, para muitos.

                                             Mario Barata - Setembro, 1985.


Gravadores do Rio de Janeiro no Solar dos Ramalhos, Tiradentes, Minas Gerais - 1985.

Participantes entre outros da Oficina de Gravura: ,  Diô David e Abraão  Xavier de Brito, premiados (primeiro e terceiro colocados) no "I Concurso  Orlando Dasilva de Gravura" na Villa Riso, RJ.


        "Entre os melhores  do Rio" - Jornal Sesc-Rio, em setembro de 1986, p. 2

    A Oficina de Gravura do Sesc-Tijuca funciona desde 84, sob a coordenação de Heloisa Pires Ferreira, e tem promovido, nesses dois anos e meio de atividades, vários cursos, ministrados por renomados artistas e gravadores como René Valeriano, (monotipia),  Rubem Grilo (xilogravura),  Vera Roitman (desenho),  Marilia Rodrigues (gravura).

    No entanto a oficina acaba de ter sua arte  inserida no rol das melhores produções da temporada, quando dois de seus integrantes foram premiados no I Concurso Orlando Dasilva de Gravura, promovido pela Villa Riso.

    O Salão reuniu obras de cinco oficinas:  do MAM,  Ingá, Parque Lage,   UFRJ  Sesc.  Dentre várias obras o primeiro lugar coube a Claudionor Viana David Filho, o Diô, e o terceiro lugar a Abraão Debrito, ambos da Oficina Sesc Tijuca.

    "A FINALIDADE É O ESPECTADOR". Diô, paraense de Belém, chegou ao Rio de Janeiro em 1984, já tendo feito xilogravura em sua terra natal.  Estudou com Anna Carolina, no Parque Lage, e trabalhou no  Museu de Arte Moderna, onde foi monitor de cursos durante dois anos.  Convidado a trabalhar no Sesc pela  coordenadora da Oficina de Gravura, Heloisa, Diô pode então desenvolver com mais intensidade o trabalho em metal.

    "Minhas gravuras são na sua maioria abstrações, cuja finalidade básica é o espectador", diz ele. A gravura em metal apresenta um infinidade de técnicas, mas preferencialmente Diô trabalha  água forte, água tinta e também ponta seca.

    Funcionário do Sesc há aproximadamente um ano e meio, ele revela que já fez várias exposições, sendo a mais importante a individual que realizo em maio desde ano,  na Escola Superior de Desenho Industrial. O  prêmio , no Salão Orlando Dasilva, segundo Diô, foi importante para a sua valorização como artista, e abre caminho para uma maior divulgação de seu trabalho. Como por exemplo ele cita as inviduais já marcadas, na UERJ, em outubro, e no BNDES, onde suas obras reabrirão o Espaço Cultural, durante muito tempo fechado.

    "EM FASE DE GRANDE PRODUÇÃO" Abraão Debrito, terceiro colocado no Concurso Orlando Dasilva, é de Guapimirim, Rio, e começou a trabalhar com gravura em metal mais recentemente Iniciou fazendo xilogravura, se aventurou na ponta seca em alumínio e, em 84, após conhecer a oficina, passou a desenvolver mais metodicamente todas as técnicas de gravura em metal, no curso de Heloisa.

    Funcionário do Sesc há dois meses, Abrãao trabalha na Oficina de Cerâmica , e se diz em fase de "grande produção".  Seu trabalho é minucioso, figurativo, meio expressionista, e ele pretende amadurecer essa tecnica que, ficou provado, se enquadra entre as melhores do Rio.

        O Que é a Oficina?

    Heloisa, coordenadora da Oficina de Gravura, tem três motivos para estar feliz,  este mês. Primeiros: dois de seus ex-alunos premiados em um importante concurso estadual. Segundo: Esses ex-alunos são hoje seus assistentes.  Terceiro: a Oficina que ela pacientemente planejou e organizou, em apenas dois anos de atuação atinge o status de estar incluída  entre as melhores do Rio.

    SESC-RIO  __ Heloisa, qual a real importância dessas premiações para a Oficina?

    Heloisa __ Em primeiro lugar divulga e valoriza nossa produção. Depois desse concurso, é enorme o número de pessoas que nos procura diàriamente, para estudar conosco.

    SESC-RIO __ Que cursos estão em funcionamento atualmente?

    Heloisa  __Temos dois cursos permanentes: Xilogravura, com a Anna Carolina (terças e quintas à tarde), e Gravura em Metal comigo (quartas e sextas  pela manha~e  terças e quintas à noite).

    SESC-RIO __ Tem cursos esporádicos?
    Heloisa __ No momento temos um curso de Desenho aos sábados pela manhã, e um de Gravura em Metal, que será ministrado por \orlando Dasilva, durante os meses de outubro e novembro.

    SESC-RIO __  Quem pode se inscrever para fazer um curso na Oficina?

    Heloisa __ Qualquer um! E em nossos cursos permanentes não existe um limite de prazo.  A pessoa entra, aprende e, se quiser,  pode ficar e desenvolver sua técnica.

    SESC-RIO __ Qual a perspectiva da Oficina daqui para frente?

    Heloisa __Continuar produzindo, ensinando e, fundamentalmente, proporcionando o acesso de todos à Gravura, nesses últimos anos vêm se firmando cada vez mais no cenário expositivo do país.

DOIS NOVÍSSIMOS GRAVADORES *

    Dois novos gravadores, dois novos nomes que se incorporam a uma geração que, aos poucos, retoma o alto prestígio da gravura brasileira.

     Curiosamente, essa retomada tem como centro irradiador oficinas como o Ingá, em Niterói, dirigida com clarividência por Anna Letýcia, e o Sesc, na Tijuca, orientada por duas personalidades marcantes, como Heloisa Pires Ferreira e Anna Carolina.

    Esta é a primeira exposição individual de dois jovens egressos da oficina do Sesc.  O primeiro, que se assina simplesmente Diô (Claudionor Vianna  David Filho), paraense de nascimento, tem participado de algumas coletivas com a sua gravura em metal, abstrações principalmente, nas quais inserem exercícios de cor que  muito o recomendam. Uma autentica vocação para as artes gráficas.

    Fruto dessa dedicação, é a sua admissão recente  como Assistente da Oficina de Gravura do Sesc Tijuca.

     O outro nome a merecer a atenção é Abraão Debrito, autenticamente carioca,  e Cordovil. Sua linguagem é xilo, tão ligada  às nossas raízes populares. Debrito, aliás, usa a dramaticidade expressionistas  nas suas estampas. E ela se presta admiravelmente bem ao conteúdo de sua obra, qual seja a de transmitir a vivência suburbana no que ela tem de mais marginal, mormente aquela que nos chega pela imprensa.

    Diô e Debrito estão aqui, juntos, nestas individuais simultâneas, pedindo passagem para impor seus trabalhos. Vão conseguir, tenho a certeza. 

                                    Rio de Janeiro, abril de 1986 Geral Edson de Andrade = Presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte

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Casa da Gravura Largo do Ó

Exposição de Heloisa - Acervo da Gravura Largo do Ó - 1987






Heloisa Pires em sua oficina na Lagoinha,  em Santa teresa - 1998


 

 

 

 

 

 

 

 

 


Artistas Plásticos pelas Diretas Já em Ipanema dia 17/03 /1984

 

 

 

 

 

 

Divulgação em 1986 no jornal "Nas Bancas - Panorama Cultural"- A Oficina de Gravura do Sesc Tijuca programa intensa atividade para o primeiro semestre deste ano.  Em janeiro e fevereiro, curso de desenho com Vera Roitman, em março, curso de xilogravura orientado por Rubem Grilo, de maio a junho, monotipia com René Valeriano; maio, gravura em metal com Marília Rodrigues. E, todos os últimos domingos do mês haverá uma exposição seguida de palestra com o artista. Os convidados deste primeiro semestre são Newton Cavalcanti, Anna Letycia, Theresa Miranda, Carlos Scliar, José Lima e Marília Rodrigues. A oficina é coordenada por Heloisa Pires Ferreira e os domingos por Anna Carolina. 


 Suicídio - Gravura em Metal - 1976 - 0,39x0,37cm

"Xilogravura e metal, atração no Sesc"- Terça-feira, 09/12/86 - O Globo Tijuca pág. 37

"Brasileiros e estrangeiros, juntos na ostra de "Gravuras".

Quem é aficionado em trabalhos de xilogravura ou gravura em metal não pode perder a mostra "Gravuras", que está na Galeria de Artes do Sesc Tijuca de terça-feira a domingo. A exposição, resultado de um trabalho de três anos e meio levado à frente por Heloisa Pires Ferreira, coordenadora da Oficina, conta com os trabalhos de 27 artistas brasileiros e estrangeiros, como o peruano Piero Quijano e a chilena Gloria Reyes. A mostra permanecerá no  Sesc até  21 de dezembro.

    A Zona Norte tem um potencial incrível. A arte deve atingir as camadas menos favorecidas da pirâmide social.  Não titulo meus trabalhos porque achoisso elite demais.Restringe a imaginação do espectador. Sem rótulo qualquer um pode viajar através de meus quadros e criar nomes diferentes para eles  __ conclui.

    A chilena Glória Reyes de 44 anos, frisa que através de suas gravuras em metal "descobre mundos diferentes" em seu interior.  Para ela, a gravura é sempre "uma mística, uma incógnita"  Já o peruano Piero Quijano, de 26 anos que trabalha com xilogravuras, retrata em sua artes filmes, música e livros que "fazem a sua cabeça". Há dois anos no Brasil define-se como figurativo.

    __ A arte figurativa, chega mais rápido ao entendimento das pessoas __ explica. __ Ela dá chance ao espectador de repintar meu trabalho e imaginar mil coisas.

1986 - Primeira Exposição da Oficina de Gravura Sesc Tijuca. 

 "O espaço de Arte que vai além do mero fazer..."

    A exposição "Gravura" é resultado de um trabalho de três ano e meio. Desde a assessoria à equipe de arquitetos e engenheiros na implantação e montagem da Oficina fiquei preocupada em criar um espaço que fosse além do mero fazer.

    Durante dois anos e meio, já com alunos , passaram por aqui Adamastor Camará, René Valeriano,  Vera Roitman,  Marilía Rodrigues, Rubem Grilo, José Lima, Maria Lucia Luz e Orlando Dasilva dando cursos complementares.

    Mantivemos  o painel "OBRAS DO MÊS" com uma xilo e um metal.

       Criou-se o "Domigo-Arte" sob orientação de Anna Carolina com exposições no último domingo do mês,   trazendo 49 gravadores a expor sua gravuras nos jardins da oficina.

    No projeto "GRAVURA HOJE: DEPOIMENTOS", sob a orientado por Adamastror Camará, tivemos uma visão da Gravura no Brasil através de 24  entrevistados publiamente.

    O assistente Diô,que começou a fazer gravura em metal na Oficina e após um ano e meio de pesquisa recebeu o prêmio Orlando Dasilva na Villa Riso, mantém o espaço aberto, permitindo a pesquisa livre sem a presença do orientador.

    Inegavelmente sem a constante assessoria de Anna Carolina em todos os projetos, além de sua orientação na xilogravura seria impossível percorrer os três anos e meio e culminar com essa exposição.

                                                 Heloisa Pires Ferreira

                                Coordenadora da Oficina de Gravura Sesc Tijuca

27 gravadores participam da exposição: Abraão Debrito, Alberto Ceniquel, Chang, Diô, Fatima Haje Machado, German Ott, Gloria  Reyes, Indaiá Lacerda Seabra, Isabel Oswald Monteior, Jesus Rodriguez, João F. Gomes da Costa, Jorge Alegria, Judson Filgueiras, Lena Dalcin, Luis Caillaud, Lott Oswald, Maria de Loudes Ferreira, Maria Zenilda Galvão, Maurício Hohlfs, Mario Orlando Favorito, Regina Clelia, Rosi Orsi,  Rubem da Costa, Paulo Fonseca, Piero  Quijano e Yolanda Bianchi.

Mario Barata comenta a exposição no Jornal do Commercio em 18 de setembro, 1986.
    Desde que o
Sesc- Pompéia, em São Paulo, atingiu um nível de ação nacional...

   ... Foi o que ocorreu em 1986 ocorreu brilhantemente com o SESC-Tijuca, ... ms foi no caso da Gravura, implantada em bela oficina, que se atingiu graças ao trabalho dedicado de duas professoras que são artistas,num alto nível de criação. Isso está comprovado pela presente Exposição de Gravuras com trabalhos produzidos nessa Oficina, mostra que estará aberta até próximo dia 21. Na xilografia, um Piero, um Luiz Cailloud, um Abrão Debrito se destacam, bem como na gravura em metal o artista Diô, que junto ao último citado foram premiados na mostra recente na Villa Riso, nesta cidade. Citem-se  ainda, nesta técnica, Isabel Oswald Monteiro e Paulo Fonseca.  As orientadoras são  Heloisa Pires Ferreira e Anna Carolina, cuja atuação eficiente alcançou bom nível inclusive na programação de conferências, debates e depoimentos durante o correr do ano, com excepcionais  exposições dominicais de mestres da gravura brasileira.  Essa atividade, que rivaliza com um setor do SESC-Pompéia deve continuar. A Tijuca com ela se alça como centro cultural graças ao SESC.

Ressureição - Gravura em metal: ponta seca, águas tinta e forte - 1976 - 0,32 x 0,36

 Galeria Sesc Tijuca expõe gravuras de 12 gravadores, comemorando quatro anos de trabalhos:Anna Carolina orienta a Xilogravura e Heloisa Pires Ferreira

a Gravura em Metal.  Na coletiva Oficina de Gravura Sesc Tijuca 1984/1988 


SESC-Rio  abril de 1988 publicou: Você também pode fazer gravura. E por que não?

Há quatro anos, a Oficina de Gravura do Sesc/Tijuca vem desenvolvendo um trabalho dirigido a pessoas interessadas na arte, leigos ou não, promovendo exposições e curso que tem proporcionado o contato com os mestres da gravura em metal, da xilogravura e do desenho.  Coordenada por Heloisa Pires Ferreira, com assessoria de Anna Carolina, duas profissionais com larga experiência em gravura e xilo, a oficina funciona de terça a domingo e seus cursos estão sempre abertos a novos participante.  Mas deixemos que a própria Heloisa fale desse trabalho que tem revelado inúmeros valores nos últimos anos.  "Em 1983, o Diretor Regional  do SESC, Ubiratan Correa, convidou os arquitetos Sergio Jamel e Marco Antonio Coelho e o engenheiro Julio Niskier, para projetar a Oficina de Gravura, que ocupa uma área de  250 metros quadrados. 

Desde1984 a Oficina vem permitindo que um público leigo em arte tenha acesso aos grandes nomes da gravura. De forma espontânea, através de exposições da oficina, dentro de sacos plásticos e presas por pregadores de roupas em fios de arame Scliar, Edith Bhering, Faiga Ostrower, Anna Letycia, Livio Abramo, Helena Ferraz e mais oitenta gravadores mostraram suas obras.

    "Essas exposições tem dois objetivos  __ permitir que os alunos  matriculados e o público com pouca ou nenhuma informação sobre o assunto possam começar a conviver com a arte e daí um pulo ao convívio com o museu, a galeria e até mesmo o acesso a a revistas ou livros... Enfim, desmistificar essa coisa que é fazer e conhecer a arte.

    "A felicidade de se poder conviver com essas obras é importante, mas conviver com os artistas e críticos também o é.  Poder assistir palestras como a de Rubem Grilo sobre "Um Grilo na Gravura". "O que é Arte", com Mario Barata.  Poder compreender "Como fazer arte" com Marilia Rodrigues ou assistir depoimentos dos gravadores brasileiros que formaram gerações de gravadores e que também marcaram com o seu fazer, contar como começaram a fazer arte e como foi sua trajetória no campo.  São entrevistas informais que têm como objetivo aproximar gravadores, alunos e o público leigo.  Todos sentados em torno de uma grande mesa, sem diferença de lugares para debatedores e ouvistes.

    "Criou-se assim um centro de pesquisa, de perguntas e de estudo que levou os alunos a irem com assiduidade aos acontecimentos que ocorrem na cidade.

    "Os participantes começam a expor em salões, coletivas,  bienais e individuais. Como ocorre com os alunos de xilo e de metal.  Trouxemos nove artistas para darem aulas complementares e oferecemos bolsas a alguns alunos.  Esses cursos tem como objetivo desmistificar o papel do professor.  Colocar  alunos frente a frente com outra visão do fazer.  Permitir que tenham  outro ponto de vista,  que descubram uma outra forma de olhar essa mesma coisa.

    Durante dois anos, sempre no último domingo de cada mês, colocamos livros de arte sobre a mesa, e todos os meses, na parede, "Obra do Mês", um metal e uma xilo, de autores diferentes, permitindo que durante um mês os alunos pudessem conviver diariamente com  Goeldi, Leskoscheck, Carlos Oswald e muitos outros  gravadores importantes, falecidos ou não.

    "Os alunos ao se matricularem, tanto podem ser do comércio, como o ex-balcinista que hoje representa o Brasil na Bienal de Porto Rico, como imigrantes do norte do país, ou do Peru, que aqui iniciaram ou se desenvolveram, conquistando importantes prêmios.

    "Prêmios, aliás, já tivemos vários, desde o Prêmio Orlando da Silva, na Galeria Vila Riso como em vários outros salões __ Ferrovia,  Primavera,  Piauí e Curitiba.

    "Há decoradores de loja  de modas, estudantes de arte,  professores, enfim,, qualquer um que queira fazer gravura poderá fazê-lo sem problema algum. 

    "Em 1986, comemorando os dois anos de atividades, programamos  uma exposição de gravura co os alunos de xilo e metal na Galeria de Arte Sesc/Tijuca. No ano seguinte, comemoramos o terceiro aniversário, programamos um "Um Encontro com a Xilogravura", com José Altino e Noemía Varela, do qual participaram como debatedores  Anna Carolina, Ciro Fernandes, Rubem Grilo e Sandra Santos.

A Oficina ofereceu nesta época, cursos de gravura em metal com Heloisa Pires Ferreira, xilo com Anna Carolina e de desenho com Maria Lucia Luz

 

 Sol Bistre/Laranja - 1983 - Gravura em metal: água tinta e buril - 0,39 x 0,40cm

 

 

 

 

 

 

Gravura em metal de Heloisa Pires Ferreira: Buril com água tinta em 1983 - 0,39 x 0,40 cm.

"Quatro anos de oficina de gravura expostos no Sesc", Jornal de Bairro - Tijuca- "O Globo"  29/11/1988 - pág 32

Para comemorar os quatro anos da Oficina de Gravura do Sesc Tijuca, desde o domingo passado, estão exposto 36 trabalhos na Galeria de Arte da instituição, à Rua Barão de Mesquita, 539.   Trata-se de uma retrospectiva  das obras das duas coordenadoras dos cursos e de dez alunos que poderão ser vistas até  11 de dezembro, de terça a sexta-feira, das 13h às 21h e nos fins de semana, das 10h às 22h.  A entrada  é franca.

    A Oficina destina-se a qualquer pessoa da comunidade e oferece três cursos com duas aulas semanais de quatro horas cada uma,.  Só em janeiro, começarão as inscrições para xligravura e desenho e, em fevereiro, para gravura em metal....

    ___ Os alunos começam com aulas quase que individuais.  Ensinando-lhes a técnica e  incentivamos a todos a irem às exposições de arte, além de exporem suas questões de vida. O mais importante não é o resultado final. É o processo do fazer.A nossa preocupação é fazer com que a pessoa se encontre consigo e coloque para fora os seus anseios  __ afirma a professora em metal Heloisa Pires Ferreira.

    Segundo ela, esta metodologia contribui apara despertar o interesse da pessoa pela arte de maneira geral.  Além disso, vem permitindo a muita gente que nem tinha condições de fazer gravura, participar de exposições, e ganhar prêmios, porque conta com o respaldo de uma instituição.

       __ Temos alunos de todos os tipos: balconistas, professores,  cientista da Uerj, arquiteta, e decorador. O que faz eles ficam é o amor a gravura.  Os objetivos da oficina estão mais do que alcançados __ explica Heloisa que faz gravuras há vinte anos, já ganhou até vários prêmios e participou de muitas exposições.

    A duração do curso depende do desempenho de cada um.  Aos iniciante ela e a professora de xilogravura Anna Carolina pedem desenhos afim de avaliarem  o seu grau de aprendizagem.  Se ele não costuma desenhar, torna´se difícil fazer gravura em metal ou xilogravura.  Neste caso, em primeiro lugar, o interessado precisa aprender desenho.  As turmas dos três cursos são pequenas com, no máximo oito alunos.  Em 1989, a artista Vera Roitiman, deverá dar um curso de gravura em metal.

 No início da oficina, sentimos que existia um preconceito muito grande das pessoas virem para cá,  como se estivessem pensando "como o Sesc se dá ao luxo de fazer uma oficina desse tipo". Mas, a arte não é privilégio de ninguém.  Deveria competir ao governo proporcionar atividades culturais a todos,  __  salienta uma das  coordenadoras da  oficina. A exposição "Oficina de Gravura Sesc Tijuca -- 1984-1088", o público conhecerá trabalhos de Heloisa Pires Ferreira, Anna Carolina, Abraão Debrito, Inês Cavalcanti, Isabel Oswald Monteiro, Lena Dalcin, Liége Nascimento, Luis Caillaud, Mário Orlando, Maurício Hohlfs, Piero Quijano e Rosi Orsi.

 

 

 

 

 

 

 

Feira de Arte na0 Pátio da Casa Rosa no Sesc Tijuca, em 1988.  Organização: Oficina de Gravura Sesc Tijuca. 

Participação da PRO-ARTE - Dança Antiga - organização de Mario Assef

 Divulgação no Jornal do Sesc-Rio junho de 1988 - página 3.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

Livio Abramo*

         Tenho a satisfação de dirigir-me a VV.SS, a fim de expor-lhe o que segue:  ...atendendo a uma satisfação que me foi dirigida pela gravadora Heloisa Pires Ferreira que leciona gravura na Oficina de Gravura do Sesc-Tijuca, Rio de Janeiro, relatando-me a dificuldade em que ela se encontra para uma classificação legal de seu “status” como professora de gravura perante a lei brasileira é que venho perante VV.SS. justificar minha presença  no assunto em foco.

         ...que Heloisa já possui uma atividade de comprovado nível artístico com a participação em numerosas mostras de artes coletivas, exposições individuais, ect, assim como pode apresentar uma efetiva atividade de professora e coordenadora  dos cursos de Gravura em madeira e em metal na Oficina de Gravura do Sesc Tijuca, do pleno conhecimento de Vossas Senhorias.

         Conheço Heloisa Pires Ferreira como artista quanto como docente: seus conhecimentos artísticos e técnicos estão comprovados nos resultados realmente positivos que tive a ocasião de verificar pessoalmente examinando os trabalhos dos alunos da Oficina de Gravura do Sesc em visita a essa escola o ano passado.

         Como já disse, e experiência e a capacidade de Heloisa Pires Ferreira independe de um aprendizado feito em uma Faculdade universitária e lhe outorgam obviamente o direito de ser considerada como profissional pelas leis brasileiras.

         Termino, seja-me permitido repetir que o exercício ativo artístico e docente de uma arte confere ao artista uma capacidade e um conhecimento que nenhuma escola ou Universidade pode proporcionar visto     como essa sabedoria só se consegue mediante a experiência vivida e direta adquirida pelo artista no convívio constante com o seu trabalho.

         Quem escreve também foi um artista totalmente autodidata e foi suficiente que eu apresentasse à Secretaria de Educação do estado de São Paulo, em 1960, o meu “curriculum vitae” de gravador e as devidas referências  de professor autônomo de gravura para que me fosse concedido o “Título de Professor de Ensino Profissional Livre (Artes Gráficas, História da Gravura, História da Arte) na categoria “D” pela Secretaria mencionada.

         Sem mais, agradecendo-lhes a atenção dispensada a esta, queiram VV.SS, aceitar os protestos de estima e atenta consideração, 

                                                                             *Livio Abramo – Gravador e Diretor do Setor de Artes Plásticas e Visuais do Centro de Estudos Brasileiros no Paraguai, Assunção, em carta aos diretores do Sesc - Serviço Social do Comércio, RJ, 1987.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Heloisa em Santa Teresa - Foto: Silvia Cordoba


Fayga Ostrower *

 Declaração

    Declaro para os devidos fins que Heloisa Pires Ferreira é um nome que vem se impondo, por sua dedicação, há mais de 20 (vinte) anos no ensino e na pesquisa da arte.

                   Expõe regularmente dentro e fora do País.  E atua normalmente, como professora de arte, tendo alguns anos seus alunos representado o Brasil em Bienais e recebidos prêmios em salões oficiais.

                   Reconheço sua plena competência para lecionar a nível de Segundo ou Terceiro Grau.

                                                        *Fayga Ostrower, aquarelista, gravadora,                                                                     professora e escritora, 1987.

 

Oficina de Gravura de Heloisa no Largo do França em Santa Teresa

Geraldo Edson de Andrade*

    Declaro, para os devidos fins, que conheço e admiro há longos anos o trabalho desenvolvido pela gravadora e professora Heloisa Pires Ferreira, não só à frente da oficina de metal mas, igualmente, como Coordenadora da Oficina de Gravura do Sesc Tijuca.

         Como gravadora, Heloisa Pires Ferreira conhece todas as técnicas de gravura em metal, sendo o seu trabalho bastante conhecido e apreciado, razão pela qual, como professora, tem obtido tanta receptividade dos alunos.

 

*Geraldo Edson de Andrade, Presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte. 1987.

 

Tapete de Heloisa  - 1999

Foto: Rubber Seabra

      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Alcídio Mafra de Souza

    Para os devidos fins, declaro conhecer de longa data Heloisa Pires Ferreira, Artista Plástica, Professora e Pesquisadora de Arte, que há mais de vinte (vinte) anos se vem dedicando, de forma reconhecidamente proeficiente, a seus misteres.  Outrossim, como Artista Plástica, expõe regularmente no País e fora, notória sua capacidade, em todos os campos de atividades  a que se devota.

*Alcídio Mafra de Souza, Crítico de Arte e Diretor do Museu Nacional de Belas Artes, 1987.

Elétrico III - 1971 -  Gravura em metal: águas tinta e forte - Foto: Henri Stahl