Sol Bistre - Gravura em metal: buril e água tinta - 1983 - o,39 x 0,40cm - Foto Henry Stahl
Tiragem 04/40 doada para o Centro Cultural Mato Grosso do Sul
Sol Branco - Gravura em metal: água tinta - 1979 - 0,39 x 0,39 cm - Foto: Henry Stahl
16 Gravuras em metal ficaram expostas de 4 a 26 de agosto, 1989 no Centro Cultural Mato Grosso, em Campo Grande com a apresentação de Geraldo Edson de Andrade
Sóis - Gravura em metal: buril e água tinta - 1981 - 0, 45 x 0,44 cm Foto: Henry Stahl
Cartão convite
Pres release da exposição
Divulgação d exposição no Diário da Serra dia 5 de agosto
Gravuras em metal ocupam os espaços no Centro Cultural
Apesar de seu pouco mais de um metro e meio de altura - Heloisa Pires Ferreira voa alto em trabalhos de gravura em metal, que estão expostos desde ontem no Centro Cultural. Percorrendo planetas onde duas vidas restantes em todo o universo a artista plástica com certeza, conquistará os sul-matogrossenses amantes das artes.
São 18 gravuras em metal metal que seguem um processo milenar muito usado no Oriente e que no Ocidente aparece desde o século XV. Segundo a artista apesar do futurismo de sua arte, ela ainda está no tempo de Gutemberg, o inventor da impressão no papel. "É um trabalho árduo, duro, artesanal mesmo", explica a gravadora.
Heloisa já trilhou diferentes caminhos na arte-pintura, desenho, xilogravura e desde 72, dedica-se a gravura em metal. De origem familiar onde a cultura e a sensibilidade sempre foi valorizada, ela hoje domina seu instrumento de trabalho, sem no entanto, prescindir da emoção. Atuando também como coordenadora na Oficina de Gravura em Metal do Sesc Rio de Janeiro, mantém uma fidelidade um caso de amor a gravura em metal que já dura mais de vinte anos.
Os pássaros e sóis de Heloisa possuem uma linguagem cósmica, onde a troca e procura por energia soam como reflexão existencial de toda a humanidade. "São os últimos bichos e sóis. Existe uma necessidade muito grande de se mexer com isso, caminhamos para isso. Precisamos desse centro de energia" reflete a artista. Seu tema tem formas estranhas e fortes que falam em transformação são côres ocres, marrons e laranjas.
Com olhos brilhantes a gravadora fala do seu trabalho como quem fala da sua própria existência. Ela explica que pode projetar um tema mito rapidamente, mas para chegar ao resultado final o processo que envolve a chapa de cobre ou latão, tinta e papel passa por várias fases de trabalho. Segundo a artista isso exige interiorização do ser e silêncio.
A trajetória artística de Heloisa Pires Ferreira registra um ao em Portugal e em outros países da Europa, onde recebeu o prêmio pelos seu trabalho, exposição e Quito, Equador, Porto Alegre e individual no Rio de Janeiro. "A arte feita no Brasil e também no Mato Grosso de traz muita esperança.
Correio do Estado em Mato Grosso do Sul divulga a exposição no Centro Cultural
Veado - Gravura em metal: ponta seca - 1981 - 0,64 x 0,47 Foto:Henry Stahl
Geraldo Edson de Andrade*
Heloisa Pires Ferreira é uma gravadora que pertence a geração posterior que se formou no importante Ateliê do Museu de Arte Moderna do rio de Janeiro. Por isso mesmo, uma gravadora que trabalhou, e muito, para manter o prestígio internacional e nacional conquistado pela gravura brasileira, a partir dos anos cinqüenta.
Com sólidos conhecimentos da técnica, Heloisa dominou seu instrumento de trabalho sem prescindir a emoção. Um caso bonito de amor à gravura em metal, que ela, coma sensibilidade que a caracteriza, vai aos poucos transmitindo a uma novíssima geração na não menos importante Oficina de Gravura do Séc Tijuca, na qual é a coordenadora.
*Geraldo Edson de Andrade, Critico de Arte e Diretor do Museu do Ingá. Apresentação nas Individuais: Sesc de Barra Mansa, 1988 e Centro Cultural Mato Grosso do Sul, 1988.
Pássaro Verde: gravura em metal: ponta seca - 1981 - 0,64 x 0,47 cm Foto Henry Stahl
Uirapuro - Gravura em metal: ponta seca e buril - 1987 - 0,30 x 0,20cm Foto:Henry Stahl
Pássaro Negro - Gravura em metal: buril e ponta seca - 1982 Foto: Henry Stahl
Pássaro Bistre - Gravura em metal: ponta seca - 1987 - 0,30 x 0,20 cm - Foto:Henry Stahl