sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

1978 -Gravura Carioca Hoje - Coletiva no Museu Nacional de Belas Artes - Apresentação de Osmar Fonseca

Heloisa Pires Ferreira em 1978            Foto: Silvia Cordoba


  Osmar Fonseca *

 

          “Dar forma” para Heloisa foi sempre um processo onde o método, o objeto e o autor formam um todo indivisível.  O objeto não sendo representação diante do outro, “um estudo aqui”, mas “um sendo”.  Ela começou seu trabalho através da pintura e do desenho, abstrações onde a investigação do espaço interior (exterior?) delineia a possibilidade de nomear o desconhecido. Para a percepção e compreensão de seus trabalhos até hoje é necessário outra forma e espaço. Não falo de problemas de composição gráfica, nem de formas, ou que formas em determinados espaços, mas a necessidade vital de criação de espaço.

Vejo três etapas na evolução de seus trabalhos; investigação, conquista e estabelecimento.  Desta última são os trabalhos apresentados nesta mostra.  Nada me fazia prever a chegada em tal lugar, o espaço estabelecido é outro que o esperado, ele é estendido ao máximo de sua amplidão.  Nada mais voa sob e sobre imprecisos ventos.  O que ela chama sonho é o real no exato momento em que a terra surge e Heloisa pousa os pés no chão.

 

*Osmar Fonseca, desenhista, e pintor apresenta a exposição: “Gravura Carioca hoje: dezesseis novos gravadores”, Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, 1978.















Sol Branco - Gravura em metal: água tinta - 1978 0,39 x0,39               Foto: Henri Stahl




1978 - Exposição coletiva: Gravura Carioca Hoje,
Museu Nacional de Belas Artes  - Rio de Janeiro - Exposição em 1976: convite

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