domingo, 16 de julho de 2023

2000 - Baralho Esotérico: Arcanos na Gravura no Salção Verde do Espaço Cultural Crea - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro - Baralho Esotérico doado ao Museu Nacional de Belas Artes - Poema de Mirian de Garvalho: Fenix é dedicado a Heloisa Pires ferreira


 

Baralho Esotérico

 Arcanos na Gravura 

Espaço Cultural Crea-RJ
 
Salão Verde
 
1 a 12 de novembro de 2000 
 Rua Buenos Aires, 40/11°
Centro, Rio de Janeiro

  Doação a Biblioteca Nacional da série de vinte e três gravuras de autoria de diferentes gravadores, intitulada Arcanos na Gravura e mais a capa da referida série, de autoria de Heloisa Pires Ferreira


Apresentação de Ruy Sampaio*  
   "Precisamos usar de toda arte altiva, flutuante, pueril e bem aventurada para não perder aquela liberdade sobre as coisas que o nosso ideal exige de nós." Nietzsch, em a Gala  Ciência.  
  A proposta não foi representar os arcanos,  reproduzindo suas características mais frequentes nos diversos baralhos do Tarô. O que se pretendeu foi  que, a partir destas, cada gravador desse asas à sua fantasia, exercesse seu domínio da técnica,  empenhasse  sua criatividade numa abordagem sensível do tema.
  Nesse conjunto de trabalhos importa bem menos uma abordagem sisuda ao baralho esotérico que uma apropriação prazerosa, talvez mesmo uma transgressão onde o timbre de cada artista se faça sentir do modo mais pessoal.  O Tarô aqui é um eixo - ou até,  em torno do qual gravitam essas tantas dicções que vão do despojado ao precioso. 
    Num primeiro momento o olhar é surpreendido pelo fato de que,  elas possam conviver desse modo harmonioso e interagente. Num desdobramento desse  instante inicial, nossa percepção capta algo que está mais próximo do cerne, da razão mesma de ser desse conjunto: é que aqui, nessa multiplicidade de estilos onde se contrapõem alguns amadurecidos e outros que promissoramente despontam, ligados apenas pelo denominador comum de uma instigante ludicidade, metaforiza-se o próprio Tarô, também ele  uno em seu fragmentário.
    Fragmentário na diversidade dos baralhos, cada um deles guardando as marcas da vertente esotérica de que se originou, ou aquelas outras do mundo esotérico dos desenhistas, pintores e gravadores de cada uma das sociedades em que floresceu.
    Ou ainda na diversidade das atribuições simbólicas que , desta para aquela escola ou de uma para outras latitudes culturais, sua história registra. Como também na mimese por que se veio reinventando face cada cultura em que sua prática se desenvolve, visando contornar intolerâncias ou sincronizar mitologias aí vigentes.
    Multivoco também na atenuação ou na enfatização da carga significativa de cada carta em relação de suas vizinhanças, proximidades ou precedências em cada abertura.  Como ainda multivoco nas respostas que a mesma carta poderá oferecer, segundo as nuances da indagação pragmática ou aprofundamento
iniciático do consulente.
    Tudo o que um observador mais superficial poderá ver nele como ambiguidade ou incoerência e que , para as mentes libertas de ideias feitas, o tornarão fascinante em sua maleabilidade de jogo.
    Tudo isso aqui, encontra a sua metonímia no saudável desencontro formal dessa linguagens artísticas, seja em seus diferentes graus de domínios dos códigos da gravura, seja nas diferentes direções para que essas insipiências, ou maestrias se voltam enquanto escolhas estéticas.
    Paralelo a todos aqueles climas por que o Tarô se veio mimetizando em metamorfoses ou multipartindo em sucessivas reinpretações, corre um poderoso rio subterrâneo: o de sua permanência.
    Também aqui,  na ludicidade desses intérpretes, que o  abordam em descompromissada licença poética, a Arte como o Tarô, reencena o delicado mistério de sua permanência, também ela um rio subterrâneo correndo desde sempre sob as indagações dos homens, na irredutível polifonia de suas atormentadas vozes.  
 
        * Ruy Sampaio membro da Associação Brasileira e Críticos de Arte.
     
       
Arcanos na Gravura se trata do Baralho Esotérico trabalhadas na Oficina de Gravura Sesc Tijuca, em 1999 em 23 xilogravuras 
medindo 0,15 x 0,10 

 Convite
Cartaz no Crea
 
 
Isa Aderne - O Prestidigitador

A Sacerdotiza - Livio Panizza
Lena Dalcin - A Imperatriz
O Imperador - Gilberto Grimming

 
O Pontífice - Moacyr Silva

 

 O Enamorado - Luis da Costa

 
Rita Barroso - O Carro 
 A Justiça - Eva Strong
Belmira Carvalho - O Eremita

Janaina Nascimento 

 A Roda da Fortuna


 
A Forca - Fabrício Machado 
Edgar Fonseca - O Enforcado 

 
A Morte - Flavio Siebneichler (filho)
Maria Luisa Luz Távora  

A Temperança

 
O Diabo - Jenny Raschle
A Torre - Jayme Spector

 
Etamir Cavalcanti - As Estrelas

A Lua - Flavio  B. Siebneichler

 
O Sol - Angela Schilling

 O Juízo - Liége Nascimento

 
O Mundo - Alexandre Motta

O Louco - Lindaura  Oliveira 
Arcanos  Gravura

Heloisa Pires Ferreira



Termos de Doação da xilogravura Gravura Arcanos ao Museu Nacional de Belas Artes


 
 
 
 


 
 
 

 

Fênix  

Poema de Mirian de Carvalho dedicado a gravura Fenix de Heloisa Pires Ferreira
Gravura em metal

 
 
 
 
 

 


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