Pavãozinho II - Gravura em metal: Águas tinta e forte - 1976 - 0,49x0,62
foto: Henri Stahl
apresentação
Pavãozinho I - Gravura em metal: ponta seca, águas tinta e forte - 1976
0,47x0,54 - Foto: Henri Stahl
Sem Título - Gravura em metal: Águas tinta e forte - 19764
0,29 x 0,38 Foto: Henri Stahl
Roberto Pontual no Jornal do Brasil - Caderno B pág 2 divulga a exposição na Galeria Divulgação e pesquisa em 1976. Anna Letycia*
A apresentação sairia de uma conversa informal, da qual se extrairiam trechos de cada um sobre se próprio trabalho, em que um dissesse o essencial para uma conversa ao público. Foi, de fato, uma conversa bastante longa. Aloísio Magalhães, Solange e eu ficamos solicitando informações e fazendo comentários que pudessem completar o quadro. Dessa conversa alinho trechos que me parecem os mais referentes.
”Eu quero mesmo é saber o que se passa dentro de mim, mil coisas que não sei e esse vasto território que a gente tem e do qual usa uma área tão mínima. Tenho necessidade de mergulhar, sabe? Não sei se isso se percebe nos meus trabalhos. Eu nunca falo nisso” . Vida-Morte-Suícida, três trabalhos e Heloisa, de pássaros no espaço.. Sempre o pássaro. Mas não vejo o pássaro neste. “É o olho da pena de pavão. O mundo gira de tal forma que você deixa de ser pássaro, pavão ou o que for vira detalhe, perde o seu todo”. Heloisa Pires Ferreira começou seu trabalho de gravura na Escolinha de Arte do Brasil, onde os quatro se conheceram e trabalham. Experimentou primeiro a xilogravura com Altino, técnica que não lhe eu o resultado desejado. Foi então para a gravura em metal com Marília Rodrigues. “Uma das razões deu fazer gravura em metal é a possibilidade de usar a força na execução da gravura, junto com essa coisa muito delicada e sensível que é o resultado final da impressão. A força do ácido nítrico me fascina. Antes eu pintava e desenhava, mas sempre um trabalho muito solitário. Há momentos em que o mundo me traga, sabe? As pessoas em termos de aglomeração , de tumulto, todas essas coisas estereotipadas que existem no mundo, muitas vezes me sufocam, a tal ponto que eu sinto como se fosse um gigante olho, sabe?” A cor no trabalho de Heloisa é essencial para a criação da atmosfera que deseja nos seus espaços perdidos. Trabalha muito na técnica do verniz mole e da água tinta. A gravura é feita com várias chapas e superposições. Um acaso de circunstância determinou o encontro dos quatro e a exposição e agora, simpatia, empatia....”
*Anna Letycia, gravadora, apresenta
a Heloisa Pires Ferreira, na exposição coletiva: “Gravuras de 4”, na Galeria de
Arte Divulgação Pesquisa, no Rio de Janeiro, dezembro de 1976.
Pássaros Azuis - Gravura em metal: águas tinta e forte - 1976 - 0,70x0,54
Foto:Henri Stahl
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