sábado, 1 de dezembro de 2018

1976 - Galeria de Arte Divulgação e Pesquisa - Apresentaçãode Anna letycia - Exposição coletiva - divulgação: Jornal do Brasil - Roberto Pontual - Crítico de Arte


  Pavãozinho II  -  Gravura em metal: Águas tinta e forte - 1976  - 0,49x0,62 

foto: Henri Stahl   



  Anna Letycia entrevista os gravadores para organizar a    

                  apresentação


Pavãozinho I - Gravura em metal: ponta seca, águas tinta e forte - 1976

                           0,47x0,54 -                                           Foto: Henri Stahl











Sem Título  -  Gravura em metal: Águas tinta e forte - 19764

0,29 x 0,38           Foto: Henri Stahl

 
 

                                                                

                            
Roberto Pontual no Jornal do Brasil - Caderno B pág 2 divulga a exposição na Galeria Divulgação e pesquisa em 1976.                                                                                                                                                     Anna Letycia*

          A apresentação  sairia de uma conversa informal, da qual se extrairiam trechos de cada um sobre se próprio trabalho, em que um dissesse o essencial para uma conversa ao público.  Foi, de fato, uma conversa bastante longa.  Aloísio Magalhães, Solange e eu ficamos solicitando informações e fazendo comentários que pudessem completar o quadro.  Dessa conversa alinho trechos que me parecem os mais referentes.

          ”Eu quero mesmo é saber o que se passa dentro de mim, mil coisas que não sei e esse vasto território que a gente tem e do qual usa uma área tão mínima. Tenho necessidade de mergulhar, sabe? Não sei se isso se percebe nos meus trabalhos.  Eu nunca falo nisso” . Vida-Morte-Suícida, três trabalhos e Heloisa, de pássaros no espaço..  Sempre o pássaro.  Mas não vejo o pássaro neste.  “É o olho da pena de pavão. O mundo gira de tal forma que você deixa de ser pássaro, pavão ou o que for vira detalhe, perde o seu todo”. Heloisa Pires Ferreira começou seu trabalho de gravura na Escolinha de Arte do Brasil, onde os quatro se conheceram e trabalham. Experimentou primeiro a xilogravura com Altino, técnica que não lhe eu o resultado desejado. Foi então para a gravura em metal com Marília Rodrigues.  “Uma das razões deu fazer gravura em metal é a possibilidade de usar a força na execução da gravura, junto com essa coisa muito delicada e sensível que é o resultado final da impressão. A força do ácido nítrico me fascina.  Antes eu pintava e desenhava, mas sempre um trabalho muito solitário.  Há momentos em que o mundo me traga, sabe? As pessoas em termos de aglomeração , de tumulto, todas essas coisas estereotipadas que existem no mundo, muitas vezes me sufocam, a tal ponto que eu sinto como se fosse um gigante olho, sabe?”  A cor no trabalho de Heloisa é essencial para a criação da atmosfera que deseja nos seus espaços perdidos.  Trabalha muito na técnica do verniz mole e da água tinta. A gravura é feita com várias chapas e superposições.  Um acaso de circunstância determinou o encontro dos quatro e a exposição e agora, simpatia, empatia....”

                                                    *Anna Letycia, gravadora, apresenta

a                                                        Heloisa Pires Ferreira, na exposição coletiva:                                      “Gravuras de 4”, na Galeria de Arte Divulgação                                           Pesquisa, no Rio de Janeiro, dezembro de 1976.



Pássaros Azuis - Gravura em metal: águas tinta e forte - 1976 - 0,70x0,54

Foto:Henri Stahl

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