Palácio Farroupilha
Rio Grande do Sul
Imagem: Foto Silvia Cordoba
Gravura: foto Henri Stahl
Dupla Individual:
Heloisa Pires Ferreira
e Osmar Fonseca
Pena Azul - 1976 - 0,48x0,52 - Gravura em metal: águas tinta e forte
Foto: Henri Stahl
Inauguração:16/08/1977
até 60 de agosto
Ressurreição - Gravura em metal: ponta seca,águas tinta e forte 0,32x0,36 Foto: Henri Stahl
Walmir Ayala *
...Li uma vez uma teoria sobre o desenho,
situada na Lenda do Minotauro, mais explicitamente na área simbólica do
labirinto, uma explicação para a natureza do desenho. A direção concêntrica do caminho que pode
conduzir ao abismo, deve ser o sentido mais profundo que ilumina o desenhista,
no correr do traço pelo qual transfere ao espaço sua meditação genesíaca da forma. Figura ou abstração, geometria ou informalismo,
a sabedoria do desenho repousa neste mistério que não se decifra ao primeiro
olhar, nem ao primeiro gesto, que não tem nada a ver com a matéria plástica,
mas com a consciência gráfica. A atração
pelo labirinto está também na raiz do desenho obsessivo, na minúcia elaborada,
no pontilhismo, mesmo no traço espontâneo que sempre obedece à inclinação das
curvas. Desta técnica de concentração e
destreza surge uma possível cosmovisão, tão empenhada em sondar os laboratórios
íntimos da matéria, o universo celular, como a definição da linha do horizonte.
Na
obra de Heloisa Pires Ferreira, da difícil técnica da gravura em metal, a
obsessão do labirinto é mais consciente e dramática. As formas tendem para o centro, as figuras
tentam romper a lei do labirinto. Há redes e tramas interceptando a
liberdade. As imagens parecem buscar a
plenitude da liberdade, são fábulas de estágios desta ação de recriar uma
realidade própria. A imagem de um
pássaro parece lutar com a sua própria sombra, que anseia o túnel e o
abismo. Noutra imagem um pássaro parece
pousar num planeta em chamas, sem se consumir.
A vida está envolvido num conflito de afirmação e negatividade, com
vitórias evidente da abertura para um espaço respirável. Tudo isto vazado em técnica amadurecida e sem
maiores marcas de influências.
*Walmir Ayala - Poeta e Crítico de Arte. Apresentação da exposição
Individual: Vestíbulo Nobre do Palácio Farroupilha, Porto Alegre, RGS – agosto
de 1977.
Pavãozinho II - Gravura em metal: ponta seca, águas tinta e forte- 1976 0,47 x0,54 Foto:Henri Stahl Zeferino P. Freitas Fagundes *
A gravura em
sua finesse e sofisticação ganha nas mãos de Heloisa Pires Ferreira a nota de
humanidade faltante aos gravadores assépticos, esquálidos e “concretos”. Embora não absolutamente novos para nós as
suas propostas, senão em uma ou outra particularidade, aliás não desprezível, o
seu trabalho tem a imprescindível aura de emoção que obviamente caracteriza –
inobitante os ditos em contrário – a Arte. E isso não é só quando se ocupa,
HPF, de pássaros, ou quando redimenciona, gravuramente a beleza, dir-se-ia
matemática de vegetais, alguns dos quais (“espargos”), nos são tão caros desde
a infância: o mesmo ocorre ao refugir, HPF do figurativo. Há demais disso em
seu gravar, não só o substrato, mais ou menos curial, de busca de explicação
das origens, , condições e circunstâncias mais íntimas e mais gerais de ser –
seu, e do mundo – mas uma irmã, e subconsciente simbologia, que reforça o
interesse interpretativo e cultural do seu trabalho.
*Zeferino P F Fagundes, crítico de
arte. Jornal: “Correio do Povo”, 1977, pág 15. Palácio Farroupilha, Porto
Alegre, Rio Grande do Sul
Pena Ferrugem 1977
Gravura em metal: águas tinta e forte
48 x 52 cm
Foto: Henri Stahl
Divulgação no Correio do Povo
Zero Hora divulga a exposição no Palácio Farroupilha
Luis Carlos Lisboa comenta a exposição no Jornal Zero Hora
Correio do Povo divulga: Dois Artista na Assembleia
Correio do Povo de agosto
Décio
Presser*
[...] Ainda recentemente a Oficina de Gravura do Ingá recebeu
da Fundação Gulbenkian, como reconhecimento do mérito dos processos técnicos e
didáticos que vem desenvolvendo, uma bolsa de aperfeiçoamento em Lisboa, da
qual foi indicada Heloisa Pires Ferreira, a que realizou uma exposição em Porto Alegre em 1977.
[...] Além, de Heloisa
Pires Ferreira premiada com uma bolsa no exterior no decorrer de 78,
outros professores e alunos da Oficina de Gravura do Ingá apareceram em
destaques em 1978.
*Décio
Presser – Correio do Povo, página 13 - setembro, 1978, Rio
Grande do Sul
Jornal do Brasil
divulgação de
Roberto Pontual
Zeferino P.
Freitas Fagundes
A gravura em
sua finesse e sofisticação ganha nas mãos de Heloisa Pires Ferreira a nota de
humanidade faltante aos gravadores assépticos, esquálidos e “concretos”. Embora não absolutamente novos para nós as
suas propostas, senão em uma ou outra particularidade, aliás não desprezível, o
seu trabalho tem a imprescindível aura de emoção que obviamente caracteriza –
inobitante os ditos em contrário – a Arte. E isso não é só quando se ocupa,
HPF, de pássaros, ou quando redimenciona, gravuramente a beleza, dir-se-ia
matemática de vegetais, alguns dos quais (“espargos”), nos são tão caros desde
a infância: o mesmo ocorre ao refugir, HPF do figurativo. Há demais disso em
seu gravar, não só o substrato, mais ou menos curial, de busca de explicação
das origens, , condições e circunstâncias mais íntimas e mais gerais de ser –
seu, e do mundo – mas uma irmã, e subconsciente simbologia, que reforça o
interesse interpretativo e cultural do seu trabalho.
* Zeferino P F Fagundes, crítico de
arte. Jornal“Correio do Povo”, 1977, pág 15. Palácio Farroupilha, Porto
Alegre, Rio Grande do Sul.



Jornal ZeroHora
Luiz Carlos Lisboa
divulga a
exposição no
Palácio Farroupilha
Dupla Individual
Heloisa Pires Ferreira e
Osmar Fonseca
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