sábado, 1 de dezembro de 2018

1978 - Gravura Brasileira Hoje: Dezeseis Novos Gravadores - Museu Nacional de Belas Artes


Pena Ferrugem, 1977 - Gravura em metal; águas tinta e forte - 0,48x0,52

Osmar Fonseca *

 

          “Dar forma” para Heloisa foi sempre um processo onde o método, o objeto e o autor formam um todo indivisível.  O objeto não sendo representação diante do outro, “um estudo aqui”, mas “um sendo”.  Ela começou seu trabalho através da pintura e do desenho, abstrações onde a investigação do espaço interior (exterior?) delineia a possibilidade de nomear o desconhecido. Para a percepção e compreensão de seus trabalhos até hoje é necessário outra forma e espaço. Não falo de problemas de composição gráfica, nem de formas, ou que formas em determinados espaços, mas a necessidade vital de criação de espaço.

Vejo três etapas na evolução de seus trabalhos; investigação, conquista e estabelecimento.  Desta última são os trabalhos apresentados nesta mostra.  Nada me fazia prever a chegada em tal lugar, o espaço estabelecido é outro que o esperado, ele é estendido ao máximo de sua amplidão.  Nada mais voa sob e sobre imprecisos ventos.  O que ela chama sonho é o real no exato momento em que a terra surge e Heloisa pousa os pés no chão.

 *Osmar Fonseca, desenhista, e pintor apresenta a exposição: “Gravura Carioca hoje: dezesseis novos gravadores”, Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, 1978.

Noite - 1976 - Gravura em metal: águas tinta e forte - 0,56 x 0,37 Foto Henri Stahl

Encontro no Repouso - 1978 - Gravura em metal: águas tinta e forte - 0,39x0,39 - Foto Henri Stahl

Isolado na Esperança - 1978 - Gravura em metal: águas tinta e forte - 0,39x0,59  - Foto: Henri Stahl


 

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